Comecei a trabalhar na área de RH nos anos 80 quando se dava mais acentuadamente a mudança de Departamento Pessoal para Recursos Humanos.
Nos anos 90 fiz parte da mudança para Riqueza Humana, passei os anos 2000 exercendo e focando na importância do ser humano integral e agora nos anos 20, vou ter a honra de presenciar mais uma inovação na área de Humanas.
Nesta roda de conversa na ESPM, vamos abordar o RH NECESSÁRIO para os novos tempos.
Qual é nossa proposta de valor neste negócio?
Esta é a pergunta de 1 milhão de reais.
Trazemos a história do divã para representar o ambiente esperado neste encontro. Intimidade. Reflexão. Nada de julgamento. Formar um grupo.
Tenho na memória muitas falas do tipo:
- O RH ficou nervoso...
- O RH chorou......
- O RH não deu exemplo....
- O RH não pensou....
- O RH entrevistou e não percebeu....
Tenho da memória estas falas desmotivastes e construtoras de baixa estima, como se o RH fosse alguma coisa, menos demasiadamente humanos.
Também me lembro de pessoas dizendo frases como:
- Fala com a menina do RH, ou
- Melhor avisar o RH mas já tá decidido
Falo isto para dialogar sobre como o profissional de RH pode se apequenar no dia-a-dia, ou, se desvencilhar de todos estes carimbos e participar de fato na estratégia de negócios das empresas.
O convite para o divã é o convite para diálogos aprofundados sobre a atuação operacional e estratégica.
A operação já esta sendo substituída por uma IA, agora, o sentimento humano está intacto.
Mesmo sabendo de experiências para humanizar robôs, a experiência trouxe a certeza sobre cada ser humano ser um planeta completo, impossível de ser reproduzido.
É nesta reflexão que mora as novas possibilidades, o trabalho do futuro.
Bom lembrar que para se construir o futuro, é necessário ter a base pronta, e esta base vamos consolidar nesta roda de conversa, e criar o futuro, que começa agora mesmo, o futuro onde o RH deixará de ser um departamento para ser um conhecimento e uma prática para as melhores atitudes no ambiente de trabalho.
Todos profissionais devem ser preparados para ser um RH, começando pela liderança.
A Ana Galli, mestre em administração pública pela universidade de Harvard e especialista em sustentabilidade pelo MIT, fez uma pesquisa exclusivamente para a Satôria, aberta no Linkedin, sobre como os profissionais de RH estão se sentindo. Vale a pena conferir.
55% consideram que a retenção de talentos é a maior aposta da empresa
89% acreditam ter no seu papel a resolução de conflitos
78% consideram trabalhar sem orçamento suficiente para ações básicas, aquelas do primeiro nível da escala Maslow de necessidades humanas
67% entendem que o RH não faz parte da estratégia da empresa
67% afirmam não receber nenhum incentivo para aprimoramento pessoal
78% consideram que estão estressados e sobrecarregados no trabalho
56% não recomendam a profissão para parentes e amigos
E, pasmem, apenas
11% consideram oferecer um ambiente mais feliz para todos
Outras pesquisas desenvolvidas por organizações como Society for Human Resources Management e ABRH mostram as mesmas tendências.
Diante deste cenário, o mais prudente é refletir.
Mudar de dentro para fora, daí o divã.
Analisem comigo: - apenas 11% consideram estar bem, meu Deus, esta constatação é decisiva.
Queremos RHs mais felizes, mais integrados na estratégia de negócios e no zeitgeist dos tempos atuais.
Junte-se a nós neste desafio!
Estou deixando o link para as inscrições do curso onde abordarei esse tema mais profundamente na ESPM.